Marconi e Alckmin se unem para ferrar servidor público em aposentadoria

Os governadores tucanos Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO) se uniram e fizeram uma forte defesa da reforma da Previdência para servidores estaduais. Ambos decidiram ferrar o servidor público com propostas como forçar o servidor público a se aposentar apenas depois de haver 49 anos de contribuição

Os Estados ganharam força na reforma da previdência depois que o governo federal decidiu retirar os funcionários estaduais da reforma que está sendo discutida no Congresso.

Tanto Alckmin quanto Marconi defenderam que os servidores tenham um tratamento mais próximo ao do setor privado. Eles fizeram uma aparição ao vivo, direto do Palácio dos Bandeirantes, numa rede social na manhã do último domingo, 9 de abril.

"Você tem uma Previdência pública que paga salários de R$ 30 mil, R$ 50 mil, uma coisa totalmente desequilibrada e financiada pelo trabalhador de baixa renda. Eu sempre defendi o regime geral de Previdência para todos, no setor privado e no setor público, federal, estadual e municipal, com as mesmas regras", disse Alckmin.

Marconi afirmou que, devido à crise dos Estados, teve que fazer cortes de cerca de R$ 3,5 bilhões nas despesas de Goiás. Também está tentando aprovar um teto para limitar a expansão do gasto público no futuro. Mas afirma que a reforma da Previdência é indispensável. Marconi disse que, em Goiás, as despesas com a Previdência dos servidores locais praticamente dobrou entre 2014 e 2017, de cerca de R$ 1 bilhão para R$ 1,950 bilhão.

Para conseguir o benefício integral, a pessoa terá que trabalhar 49 anos. Os governadores também fizeram declarações elogiando e estimulando privatizações nos Estados. Marconi, que recentemente privatizou a distribuidora de energia local Celg, afirmou que o consórcio vencedor se comprometeu em investir US$ 200 milhões na empresa, além do pagamento da outorga.

"É preciso acabar com esse estigma, com esse preconceito ideológico contra a privatização", disse. 

Segundo Marconi, contrariando os R$ 9 bilhões que ele anunciou semana passada, Goiás deverá investir apenas R$ 3 bilhões nos próximos anos, em parte com os recursos obtidos com a venda da estatal.